IELP NA MÍDIA: Randolfe pede convocação de Bolsonaro à CPI; senadores não querem

Em reque­ri­men­to pro­to­co­la­do nes­ta quar­ta (26), sena­dor diz que che­fe do Exe­cu­ti­vo teve ‘par­ti­ci­pa­ção dire­ta ou indi­re­ta nos gra­ves fatos ques­ti­o­na­dos pela CPI’

Enquan­to os sena­do­res esta­vam reu­ni­dos em encon­tro fecha­do nes­ta quar­ta-fei­ra (26), o sena­dor Ran­dol­fe Rodri­gues (Rede-AP), vice-pre­si­den­te da CPI da Pan­de­mia, apre­sen­tou um reque­ri­men­to para con­vo­car o pre­si­den­te Jair Bol­so­na­ro (sem par­ti­do) para ser ouvi­do pelos par­la­men­ta­res na con­di­ção de testemunha.

“A cada depoi­men­to e a cada docu­men­to rece­bi­do, tor­na-se mais cris­ta­li­no que o Pre­si­den­te da Repú­bli­ca teve par­ti­ci­pa­ção dire­ta ou indi­re­ta nos gra­ves fatos ques­ti­o­na­dos por esta CPI”, jus­ti­fi­ca o sena­dor no reque­ri­men­to pro­to­co­la­do na comissão.

O regi­men­to inter­no do Sena­do, no entan­to, pre­vê que um reque­ri­men­to deve ser apre­sen­ta­do com pelo menos 48 horas de ante­ce­dên­cia para ser apre­ci­a­do pela CPI.

Em suas jus­ti­fi­ca­ti­vas, Ran­dol­fe atri­bui a Bol­so­na­ro o “com­ba­te às medi­das pre­ven­ti­vas, como o uso de más­ca­ras e o dis­tan­ci­a­men­to soci­al; o estí­mu­lo ao uso indis­cri­mi­na­do de medi­ca­men­tos sem efi­cá­cia com­pro­va­da e à tese da imu­ni­da­de de reba­nho” como exem­plos de con­du­tas que pre­ci­sa­ri­am ser escla­re­ci­das pela CPI.

O sena­dor diz ain­da que o prin­ci­pal pon­to que seria ques­ti­o­na­do é o que ele cha­ma de “boi­co­te sis­te­má­ti­co à imu­ni­za­ção da população”.

“[O gover­no fede­ral dei­xou] de adqui­rir vaci­nas da Pfi­zer em 2020 e no pri­mei­ro tri­mes­tre de 2021, ata­cou a Chi­na e a vaci­na Coro­na­vac, colo­can­do em ris­co o for­ne­ci­men­to do IFA das duas prin­ci­pais vaci­nas apli­ca­das no Bra­sil”, escre­ve o vice-pre­si­den­te da CPI.

Bol­so­na­ro pode ser con­vo­ca­do pela CPI?

Em entre­vis­ta à CNN em abril, o pre­si­den­te do Ins­ti­tu­to de Estu­dos Legis­la­ti­vos e Polí­ti­cas Públi­cas (IELP), Rapha­el Cit­ta­di­no, dis­se que não há men­ção na Cons­ti­tui­ção a um impe­di­men­to a con­vo­ca­ção de um pre­si­den­te da Repú­bli­ca, mas que toda e qual­quer pes­soa que enten­da que não deve com­pa­re­cer pode recor­rer à Jus­ti­ça para ser dispensada.

Segun­do Cit­ta­di­no, a CPI pode con­vo­car basi­ca­men­te qual­quer pes­soa que con­si­de­re impor­tan­te para escla­re­cer os fatos investigados.

“Pode­mos ouvir auto­ri­da­des impor­tan­tes de uma for­ma dife­ren­te do que esta­mos acos­tu­ma­dos. Não é uma entre­vis­ta ou uma decla­ra­ção. É um depoi­men­to a um inqué­ri­to, sob jura­men­to. Esse depoi­men­to tem cará­ter de pro­va e pode ser uti­li­za­do legal­men­te depois”, expli­cou o especialista.

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